A convivência com amigos vegetarianos, um incômodo fisiológico, um olhar diferenciado para os animais. São inúmeros os motivos que levam uma pessoa a optar por não consumir alimentos de origem animal.
Pesquisa Ibope mostra que 14% da população brasileira, ou seja, mais de 29 milhões de pessoas se declara vegetariana. Esse percentual, chega a 16% nas regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Recife e Rio de Janeiro.
Representando a última estatística a arquiteta Evelyn Duarte, que vive na capital paulista segue uma alimentação vegetariana há 7 anos e destaca que isso nunca foi uma opção para ela. “Na verdade nunca me passou na cabeça em virar vegetariana, sempre tive problema de constipação intestinal . Aí um dia coloquei na minha cabeça que a carne vermelha que era o problema”. Ao longo, dos anos a jovem destaca que além de sentir seu corpo mais leve e disposto o benefício principal em sua vida foi nunca mais ter problemas de constipação”.
Com menos tempo de causa, mas já muito engajado o empreendedor, Vinicius Almada já se preocupava com o bem-estar animal mesmo antes de se tornar vegetariano e conta que se sentia triste ao pensar na origem da carne, na época em que consumia.
“Eu sempre olhei para os animais de uma maneira muito especial e diferente do que a maioria das pessoas veem. A maioria delas só tem compaixão, amor, carinho pelos seus próprios pets, seu cachorrinho, seu gatinho.”
Comum entre ambos, a maior dificuldade foi deixar de consumir peixes. Evelyn não consome carne bovina, suína e embutidos há 10 anos e as carnes brancas como peixe e frango há 5 anos e meio. “Como o peixe era o meu maior desafio, fracassei várias vezes, porém, me sentia muito mal psicologicamente após comer”. E completou “então decidi abandonar meu desejo pelo sabor e seguir aquilo que fazia sentido na minha cabeça em relação aos animais e o planeta”.
Vinicius está há mais de 4 anos sem consumir carnes, frangos ou peixes e expõe que a sua maior dificuldade esteve relacionada com o seu apreço pela comida japonesa.
Desmistificando alguns conceitos em torno da supervalorização da ingestão de carne na alimentação, o professor de educação física Dimy Souza que também é atleta da crossfit conta que há 5 anos se tornou vegetariano e que essa escolha nunca atrapalhou sua rotina esportiva. “Eu vou para competição e mesmo não tendo uma alimentação com carne dá pra ir bem”.
Questionado quanto ao comportamento dos seus alunos, o personal afirma que os alunos vegetarianos são mais regrados e em alguns momentos até mais dedicados em questão de dietas e exercício físicos. Quando vamos para os quesito financeiro, é quase que unânime a resposta de que os gastos não aumentaram com a mudança nos hábitos. “O melhor lugar para se comprar comida é a feira, com coisas muito baratas e boas”, destaca Dimy.